Night on the Sun

Sookie gritando histericamente, sério? Já deveríamos estar acostumados com isso, mas é sempre engraçado ver as crises dela. A cena inicial poderia se chamar “Mil Desculpas Esfarrapadas Para Terminar Seu Namoro”, by Bill Compton. Não, eu nunca vi tanta historinha pra boi dormir em tão pouco tempo. “Eu nunca quis te machucar”, “Eu quero que você encontre um cara legal, se case e tenha filhos”, “Não te mereço”. Blá, blá, blá. Só faltou a clássica “Não é você, sou eu”, se bem que foi isso mesmo que ele quis dizer.

Nossa gatinha morceguinha mais linda voltou. Sentimos sua falta, Jess, apesar de isso não incluir o Beal. Olha, ele roda, roda, e no final não sabe o que faz da vida. Libertar a Jessica, como assim? Eu acho que no fundo mesmo ele não é mau, só fraco pra agüentar uma loira e uma ruiva, prontofalei. Eu achei a coisa mais fofa do mundo ela treinando a lutinha rápida de vampiros com ele e aquele “Hi” para o lobisomem. Tá aí uma personagem que não existia nas crônicas de Charlaine Harris, mas foi uma aquisição muito boa para a série já que, além de ser super linda, serve de suporte pra várias adaptações da história original. Outra boa jogada foi manter Lafayette até a presente temporada, uma vez que ele era morto num dos sacrifícios da bacante.

Se vocês me permitem uns spoilers... Olha lá, já vou dizendo que é spoiler... O episódio de domingo deixou vááárias deixas pra quarta temporada. Começando pela mãe do Lafa dizendo que os vampiros e as BRUXAS estavam vindo atrás dele. Fato é que, e disso não há como fugir, a quarta temporada vai envolver um lado realmente sobrenatural que já começou a ser introduzido agora com a insinuação do “sangue de fada” da Sookie. Assim sendo, podemos esperar o aparecimento de bruxos maus de verdade e uma galera da paz abraçadora de plantinhas, que vem como que para contrabalancear isso. Quando Ruby Jean diz que o filho é poderoso, ela pode não estar falando apenas no sentido figurado da palavra, mas que ele possui algum tipo de dom sobrenatural ainda não descoberto. Jesus Velasquez não teria o destaque que está tendo se o papel dele se limitasse ao de mais um casinho do Lafayette. Outra que não vai ser apenas uma garçonete do Merlotte’s é a Holly, a moça que Arlene aparecia contratando no último episódio. Como ela “adivinhou” a gravidez?

Tenho gostado de ver a postura paternal que o Sam vem assumindo sobre o irmãozinho. Pelo menos por hora, e assim eu sinceramente espero, a Família Buscapé vai dar um tempo pra nossa paciência, se bem que é lógico que eles ainda vão dar ruim em alguma coisa até o fim da temporada. Mas até o Tommy, que era bem irritante, conseguiu a minha simpatia nessa nova onda de rapaz trabalhador dele. E sabem que do mais? Hoyt é um namorado fofinho, mas é meio banana também. Gostaria de ver o filhote investindo na Jess. u.u

De todas as peguetes do Jason até agora, Crystal é aquela com quem eu mais simpatizo. Eu gosto da personalidade dela, tem esse lado meio confuso e tal, apesar de todos estarem muito confusos nos episódios recentes. Seria tão interessante, mas TÃO interessante transformar o Jason no que ele realmente se transforma nos livros... Mostraria um lado totalmente diferente dele, e mais crises de identidade ainda. Ao que tudo indica, esse interesse inconsequente pela moça e a vontade de bancar o justiceiro provavelmente o levarão pro destino esperado. Por isso, gente, não vamos reclamar se, por acaso, as cenas com ele parecerem muito cópias das temporadas passadas, porque vem coisa boa por aí. Tomara, hehehe.

E uma Tara forte e decidida estava boa demais pra ser verdade, já começou a choradeira e a depressão de novo. Mas aí a gente culpa o estresse pós-traumático pelo qual ela está passando, tudo bem. Só acho que vai ser uma pena se o ótimo desempenho dela nas últimas cenas tiver morrido junto com o Franklin, e ela voltar pro simples posto de amiga conselheira e maluca da Sookie.

Falando nela, Alan Ball é o fã número um do Bill mesmo, não? Eu esperava pelo menos um beijinho entre Alcide e a fadinha, mas até isso foi cortado e substituído por aquela cheirada no cangote lá. Disse 958947689 vezes e repito: se eu tenho um lobão daquele, nunca mais ia querer saber da banana noturna que ela chama de namorado. E mais, o Eric parece se importar sim com ela, nisso de ter mandado o recado pela Hadley e pedido que o Russell tivesse mais calma e tal... Se bem que pode ser um golpe, obviamente, não esqueçamos de que é Alan Ball no comando. Bom, mas eu tô igual a minha avó, sem entender mais nada dessa novela.

Agora, uma cena gay atrás da outra, literalmente. Pergunta: tem necessidade? Não, não tem, é apelação, simplesmente. Comentaram aqui no blog que o show é assistido por gays e mulheres, em sua maioria, público que aprovaria esse tipo de cena. Não que tenhamos algum tipo de discriminação, mas também queremos cenas hétero, uai. Se continuar do jeito que está, o Zé vai enfartar de raiva antes da season finale.

Tudo bem que tenho que admitir que não foi um sacrifício tão grande assim ver o tanquinho do Eric em alta definição, ele tirando a roupa e tal... Mas não podia ser com uma mulher ali? Podia, povo. Não gostei de ver Eric Northman, macho, xerife da Área Cinco, viking e pegador da Yvetta indo pra lado rosa da força. Quer dizer, o Ball enrolou esse tempo todo e só mostrou uns beijinhos imaginários nos sonhos com a Sookeh, mas essa pouca vergonha com a mulher do Rei tá liberada, não é?

Gostei muito das cenas finais, a começar pelo vale-tudo Sookie Stackhouse vs. Debbie Pelt. Juro que eu queria ter sido a autora daquele soco lindo, mas pelo menos fiquei na torcida aqui. Quem disse que mulher só briga com tapa e puxão de cabelo? Pra quem interessar, no livro a Debbie morre com o tiro de garrucha da Sookie. Aí o Eric, que tá lá com amnésia e sendo o amante profissional dela (pois é, sintam essa), enterra o corpo, tipo, na ilha de Lost. Resultado: ninguém descobre, já que a memória dele volta e ele fica sem se lembrar de nada desse período.

Eu acho de verdade que o pessoal do figurino e da maquiagem se espelha no Drácula pra fazer o Russell, e talvez essa seja a proposta mesmo. Pensem: bonzão, todo-poderoso, três mil anos de praia, from Romênia... Achei isso dele ir a Bon Temps meio confuso, já que ele não fez nada muito importante por lá. Mordeu a Jessica, fez uma estrelinha na bochecha do Bill... E daí?

Talbot foi um dos meus favoritos. Gostei da originalidade do personagem apesar da afetação dele me incomodar um pouquinho. Uma dona de casa temperamental de alguns séculos atrás, com o diferencial de ser homem e ter presas. Certamente não era esse tipo de estaca que o ele estava esperando quando, bom, virou de costas lá, hehe... Mas, enfim, R.I.P., gata.

E tudo termina em muito sangue e putaria, obviamente. Jessica trucidando o cara lá, Beal e Sookeh mandando ver... É, tá certo. Eu me senti invadindo a intimidade do casal Stephen e Anna com aquela cena. Soft porn nada, True Blood é bem pouco sutil quando o assunto é sexo.

Sem mais, não é, galera? Numa homenagem póstuma a diva vampira do Mississipi, “tivemos bastante excitação pra uma noite só, obrigada”. E até semana que vem com mais sexo, sangue e violência, uhul.

Beijos da Lady ;*