I Smell a Rat

Blah, blah, o episódio foi chatinho, blah.

“Sou uma fada? Que chato!” Ah, dona Sookie, ser garçonete do Merlotte’s é muito emocionante, não? E, obviamente, o Sr. e a Sra. Moyer tiveram que discutir um pouquinho a relação só pra não perder o costume. Eu acho engraçado ele falar A e ela entender B. De “seu sangue é irresistível” para “só estou com você porque você é (literalmente) gostosa” há uma grande diferença. Bom, o importante é que finalmente revelaram abertamente o que ela é e eu vou confessar que esse episódio deixou 98459834785 perguntinhas voando pela minha cabeça.

Pergunta número 1: Sam Bad Boy? Como assim? Nossa, uma coisa é ter uma explosão de fúria e dar umas porradas na cara do Calvin Norris Trash, outra bem diferente é ter um passado mais negro que carvão. Então o cachorrinho mais bonzinho da televisão é, na verdade, um assassino duplamente qualificado e ladrão de jóias? Benza Deus, que saúde. Só comprova minha teoria de que os quietinhos são os piores. O objetivo dessa interferência sem pé nem cabeça só Alan Ball sabe.

Eric, é porque você é um vampiro machão e todo poderoso, mas no seu lugar eu estaria chorando e me escondendo debaixo do balcão do Fangtasia, se Russell Edgington estivesse no meu encalço. Mas, ok, como bom empresário frio e calculista, você está deixando todos os seus bens pra sua progênita. Agora, qual foi a da Yvetta achando que tinha direito a alguma coisa? Acooorda, amiga, você é lanchinho da madrugada e olhe lá, tira gosto de vampiro, haha! E ainda ter que aguentar as crises temperamentais das duas, inclusive da traveca dançarina, é tenso, não?

E o V ataca novamente, ora sendo remédio pra qualquer tipo de ferimento, ora como um alucinógeno poderoso. Caso vocês ainda não tenham reparado, eu adoro criar teorias sobre tudo, né? Então eu acho que ia ser muito legal se rolasse uma parada, tipo, descobrem os poderes curativos do V e tem início uma caça aos vampiros para que o sangue deles seja usado na Medicina. Ainda mais agora que o Russell fez o favor de mandar a VRA pro espaço...

Mas ainda falando de V, achei mucho loka aquela viagem do Lafa com o Jesus. Efeitos de maconha, LSD e chá de cogumelo misturados, pelo amor... Só que, novamente, fiquei pensando. Acho que a quarta temporada não trará apenas bruxas medievais, mas diversas formas de magia praticadas pelo mundo todo. Essa coisa dos xamãs e curandeiros que Jesus traz poder ser uma dica pro que vem vindo por aí e eu, particularmente, confio muito no Alan Ball pra incrementar e trazer mais informações pra essa parte da história.

E o Prêmio Péla Saco da Terceira Temporada vai para... Arlene Fowler, senhoras e senhores! A personagem não tá acrescentando absolutamente nada a série, fica só tendo crises de grávida e brigando com meio mundo. E esse bebê dela com o Rene tem uma vibe tão primeira temporada. Ou ela muda pra ter uma participação muito interessante, ou pode morrer. É, tô bem má hoje, Pam feelings pra mim.

Jessica, ou fode ou sai de cima. Esse vou-não-vou com o Hoyt tá chatinho toda vida e vocês, meus queridos coadjuvantes, não podem se dar ao luxo de serem entediantes. Da Summer eu nem falo nada, digna de pena. Tommy me irrita com esse jeito de galinho de briga dele e Hoyt tá disputando no páreo duro com o Beal pra ver quem é o mais banana amassada.

Como, felizmente, nem todos os coadjuvantes são chatos, temos a fofinha da Crystal se transformando em pantera e trazendo um pouco de emoção pro núcleo mais apagadinho da série. Lembrei daquela novela que passava quando eu era guriazinha; também tinha uma pantera preta assustadora que ficava fazendo uns barulhos assim.

Minha mãe começou a assistir True Blood há pouco tempo e já fez uma constatação relevante: “Essa Tara só chora! Em todos os episódios que ela aparece, tá sempre chorando”. E é verdade. Mas eu também choraria e muito se tivesse uma vida assim, ô pessoa pra se ferrar de verde e amarelo. Quando as coisas começam a querer estabilizar pro lado dela, com o Franklin morto e tal, vem o Jason e conta que foi ele que atirou no Eggs. Não há megahair e dread que aguentem.

Muito psicopata o Russell matando o garoto de programa. Eu, no início da cena, achei que ele estivesse escolhendo outro garotão bonitão pra transformar, mas ele não ia colocar qualquer um no lugar do amorzinho dele. Agora, querem outra teoria da Lady? Lembram que o Eric começou a perguntar pro Bill por quanto tempo o sangue da Sookie o deixava andar no sol e tal? E lembram que a Pam disse pra ele arrumar algum jeito de usar a fadinha pra combater o Russell? Logo, se Eric bebe da Sookeh, pode ir matar o Reizão Todo-Poderoso durante o dia! E em que situação o Eric beberia da Sookie? Depois de uns pegas, rapá. Aí a gente resolve dois problemas de uma vez: 1) matar Russell Edgington; 2) a pegação Northman vs. Stackhouse, que tá todo mundo cobrando. Falem a verdade, de loira eu só tenho o jeito, né? Sou esperta bagarai, gente.

Falando em pegação, eu vou ter que extrapolar minha raiva aqui. POOOOORRA, SOOKIE STACKHOUSE! Vai ser burra assim no quinto dos infernos, pelo amor de Godric! Quer dizer que 1,94m de homem acabam de te agarrar e te beijar com uma pegada cheia de saúde e você pergunta do Beal? “Por que não posso confiar no Bill? Mimimi...” Não, sério, as mulheres dessa série tem sangue de barata, não tem cabimento uma coisa dessas! Só não estou mais revoltada porque, finalmente, as coisas saíram dos sonhos dos dois pra ir pra realidade. Tudo bem que foi só um beijinho, mas melhor do que nada, não é?

E Eric, querido, faça um favor pra todos nós? Deixa a chata presa no porão até, sei lá... Pra sempre, que tal? Ninguém... merece... uma... coisa... dessas.

Alan Ball não é previsível mesmo. A temporada pode correr toda de um jeito até os dois últimos episódios e, na última hora, mudar tudo. Com isso, eu fico pensando nos nove meses de espera até a quarta, porque eu tenho certeza de que vai tudo terminar de um jeito tão chocante que eu vou ter crises de abstinência.

E vocês, já reservaram uma vaga num mosteiro pra conseguir passar esses looongos meses que se aproximam?

Beijinhos da Lady ;*